segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UM MERCADO CARENTE DE CONTADORES

Apesar de contar com 412 mil profissionais registrados no CFC (Conselho Federal
de Contabilidade), a área de ciências contábeis vive hoje um desafio: a falta de mão
de obra qualificada no país.
A quantidade de formados, justifica o conselho, é insuficiente para atender à
necessidade dos 5 milhões de empresas no Brasil.
Segundo a vice-presidente do CFC, Maria Clara Cavalcante Bugarim, a taxa de
empregabilidade de contadores é superior a 90%. "O campo de trabalho é bastante
vasto, e existe demanda em diversas áreas, como auditoria e controladoria", sinaliza.
Um levantamento da consultoria Manpower com 850 recrutadores de grandes
empresas brasileiras dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Paraná confirma a escassez. Pelo estudo, elaborado no primeiro trimestre de 2010,
64% das companhias indicaram dificuldade em preencher vagas.
A carência está ligada às peculiaridades das ciências contábeis, avalia o coordenador
de pós-graduação em contabilidade da FEA-USP (Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade), Edgar Cornachione.
"No país, há 50 atribuições que só podem ser exercidas por um profissional
registrado, tais como avaliação patrimonial e implantação de plano de depreciação",
afirma.
Segundo Cornachione, a demanda maior é por profissionais com ensino superior.
"Neste momento de sofisticação da economia brasileira e de modernização da
contabilidade, são necessárias pessoas dinâmicas e altamente qualificadas para
acompanhar esse movimento", diz.

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